Buenos Aires - El Caminito, Recoleta e Palermo.

Acordamos bem cedo (Buenos Aires é uma cidade que não dá pra se perder tempo dormindo) e logo após o café da manhã, nos encontramos com nossa primogênita, com  o genro e seguimos de táxi para La Boca. Chegando lá, fomos direto para El Caminito, a rua onde acontece uma feirinha de arte maravilhosa, onde compramos  algumas lembrancinhas para os amigos. É a única  rua do bairro recomendada para turistas, já que La Boca é um bairro de periferia, localizado próximo ao porto e no qual os casos de furto têm aumentado bastante portanto, é aconselhável tomar certas precauções.Evite câmeras penduradas no pescoço ou na mão (principalmente as grandes, semi ou profissionais)e segure a bolsa sempre na frente do corpo.

Apesar disso, jamais deixe de visitar o lugar que é lindo,super colorido e carrega a história de muitos imigrantes, especialmente espanhóis e italianos, que lá se instalaram no século dezenove e construiram suas casas com tábuas de madeira,  placas e telhas de metal e, pintavam suas casas com  restos de tintas que sobravam dos navios do porto. Daí a policromia que tanto vida dá ao lugar. É lá também que fica o famoso estádio La Bombonera e, como meu genro queria conhecer o mesmo, fomos até ele mas, sinceramente, não achamos graça nenhuma.

E antes de encerrarmos o nosso passeio pelo Caminito resolvemos tomar uma Quilmes em um barzinho onde o dono era super simpático com brasileiros, desde que não fossem torcedores do São Paulo...Rsrs.

                           

Saindo de lá, fomos para a Recoleta um dos bairros residenciais mais elegantes da cidade que se caractariza pelo estilo francês,com enomes áreas verdes  e onde estão bares e restaurantes excelentes.Almoçamos por lá e depois seguimos para o cemítério da Recoleta.Sim, é isso mesmo, caros amigos. O cemitério é uma das principais opções turísticas e um verdadeiro museu a céu aberto.

Embora não estivesse nos meus planos a princípio ir ao cemitério, acabei cedendo ao pedido da minha filha e não me arrependi. É impressionante a suntuosidade de tudo por lá.Os túmulos são verdadeiros palacetes, ornamentados com objetos enormes como vasos em prata maciça e até de ouro. Apesar da crise, da mendicancia na cidade estar aumentando, tudo fica do jeitinho que foi colocado pelas famílias.

Ao chegarmos,fomos abordados por guias que se diziam historiadores porém, resolvemos fazer o passeio por conta própria mesmo, uma vez que já tínhamos pesquisado bastante sobre o lugar. Como a grande maioria das pessoas,partimos cemitério adentro em busca do túmulo de uma das mais ilustres e amadas personagens da história argentina, Eva Peron, a "Evita".

                          

Andamos feitos condenados e nada...Aí foi que me dei conta do tamanho daquele cemitério..Ufa! Minhas pernas já estavam doendo ( não é frescura, não)

Quando já estávamos quase desistindo, eis que lá surge...O túmulo em  granito  preto,com a inscrição: "Família Duarte". Por incrível que pareça,é um dos túmulos mais simples de todo o cemitério mas fica cheio de flores frescas, de rosas; um sinal de que até hoje, essa mulher é amada e admirada pelo povo.

                                          

                            

                            

Ser sepultado  nesse   cemitério  é   algo   para poucos.Fica evidente que qualquer mausoléu por mais simples que seja(simplicidade por aqui é algo raro) custa uma "pequena" fortuna.

                                         

Após isso fomos para o bairro de Palermo , um bairro pra lá de agradável que se caracteriza pela elegâcia de suas residências e mansões. É la que ficam:  o Zoológico da cidade, o Jardim Japonês,o Planetário,o Hipódromo,o estádio de pólo e o antigo e lindo Jardim Botânnico, que tem entrada gratuita das dez às dezoito horas, todos os dias.

Foi no  Jardim Botânico que  escolhemos passar o resto da tarde descansando, agradavelmente.

                         

                         

Abaixo, uma escultura em mármore, no Botânico, mostra  a dramaticidade da arte argentina, carregada de sentimentos (sem querer ser redundante mas ao mesmo tempo sem poder deixar de sê-lo).